Pecar contra o Capital, engloba não tê-lo, não considerá-lo como prioridade da vida, não seguir suas regras, não
cultuá-lo e por fim não amá-lo. Mas no entanto, até mesmo os que seguem a sua "doutrina" são inquiridos .
Se você é um pecador à vista do Capital, você já está no inferno, mas no entanto, o inferno do capital é circunstancial e até temporário, basta que você se propicie de sua redenção através de alguns dígitos à esquerda da vírgula no seu
extrato bancário.
Condenado, fracassado e sem valor, é assim que se sente um
inadimplente, ou mesmo um "quebrado" por natureza, é como uma sina cáustica que remete à uma existência inglória.
Se você já teve ou tem o nome no
SPC,
SERASA, execuções e protestos, sabe
exatamente do que estou falando.
Esse pecado de não ter o Capital ou de não gozar de uma boa relação com ele é um pecado imperdoável e isso está incutido no
inconsciente coletivo.
Considerando, ele é um credor
onipresente e
cínico.
Mas como não sou dado à
vitimísmos gratuitos, afirmo que nós somos os principais credores de nós mesmos. Quantas vezes me cobrei implacavelmente por não ser "bom" o suficiente para dar a mim e minha família um padrão de vida "
digno". Quantas vezes nos sentimos obsoletos e "coitados" quando nos comparamos à pessoas que vivem uma vida
financeira bem mais tranquila e confortável do que a nossa? Quando de fato nada disso é verdade ou fatalidade mas apenas um pressuposto sobre uma condição externa e material, que não pode determinar o que uma pessoa é ou deixa de ser.
S
e você é uma pessoa que vive em harmonia com os cifrões, você já é um ser a caminho da perfeição e abençoado por Deus. Se você é um devedor, saiba que todos os outros atributos positivos do seu
caráter não valem de nada. Isso fica claro quando um rapaz "duro" se
atreve a querer casar-se com uma moça que vive em um lar financeiramente
estabilizado.
Dentro da igreja, o devedor é satanizado ao extremo; de portador de maldição à possuído pelo "tranca rua". Na família se o "quebrado" no entanto for trabalhador, sobra para ele o "conforto" de ser rotulado apenas de "azarado".
Mas esse "deu$", a seu tempo, também oprime aqueles que gozam de "boa" situação, ele instiga os seus servos a quererem sempre mais e mais, sempre com uma justificativa "legítima".
Sutilmente ele se apodera e domina com mão de ferro aqueles que acreditam estar conquistando, crescendo e possuindo, quando na verdade são possuídos. Os mais honestos consigo mesmos conseguem se
enxergar, admitem e tentam se libertar, mas é tarde demais. Sua vida não o
pertence mais, os seus passos são deliberados por aquele que deseja domínio total e fatal.
Quantos conhecidos, amigos e parentes eu já
vi e os vejo ser reduzidos e subjugados por esses "pecados" contra o capital.
Não sou nenhum "franciscano", mas
decidi há um bom tempo atrás que eu não admitiria ser
subjugado por esse "
deus".
Confesso que de fato não sou, muito menos me sinto imune à essa loucura capital, mas a medida que me oponho,
apartir do discernimento de que não é necessário conceder ou conceber coisa alguma, em função daquilo que não irá determinar o meu bem estar comigo mesmo e com minha consciência, me sinto um homem livre e completo.
"Sei passar necessidade, e também sei ter abundância. Em toda maneira, e em todas as coisas aprendi tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.Tudo posso naquele que me fortalece." Fp 4:12-14
No mais, Fiquem na Paz de Cristo, que é o necessário!!
Victor Silva
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